sábado, 8 de agosto de 2009

Dicas rápidas para qualquer relação

Se quiser atravessar as paredes dos outros, dissolva as suas. É uma lógica nonsense, eu sei: as paredes só existem em primeira pessoa. Perscrute e desconstrua um a um todos os seus vícios, hábitos e crenças, até que cada ação brote direto da liberdade básica que é nosso solo comum. Nossos condicionamentos não são nossos. A raiva que surge aqui é a mesma que move sua mão aí. Estamos todos expostos e nus o tempo todo


Quando tudo dá errado, nossa reação corporal mais imediata é uma expiração: “Bfff… Que merda!”. Faça ao contrário, quando puder. Inspire a dor, entre nela e olhe tudo detalhadamente. Faça a dor circular dentro de seu corpo e mantenha os olhos bem abertos. Se reagimos e nos fechamos, as saídas se tornam ainda mais invisíveis. O lance é ficar aberto, sempre. Ah, faça isso também com a dor do outro.


Viva com certezas. Deixe o “talvez” apenas para uso poético. Caso contrário, nunca conseguirá expô-las para debate ou esmagá-las com a vida. Não há nada mais tedioso do que alguém em cima do muro! Se escondemos nossas certezas, é possível passar anos sem mudar. Perda de tempo. Afirme com vigor sempre, mesmo que seja para concluir com uma dúvida, uma incerteza, uma pergunta. Pelo caminho do teste empírico de todas as certezas, chegaremos à liberdade sem certezas, ao movimento livre em todas as direções.



Aprenda a mostrar as cartas. Relações medíocres só se sustentam enquanto seguramos as cartas somente por uma justificativa estúpida: o outro também está segurando. Estamos todos buscando a mesma coisa. Ele deseja o que você deseja. Você quer justamente o que ele quer. Abra logo as cartas para que o verdadeiro jogo comece.

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