Ninguém esquece ninguém
Se você diz que já o esqueceu e que nunca mas voltaria com ele, isso significa que você não o superou. A necessidade de mantê-lo esquecido apenas revela o enorme significado impregnado em sua imagem. Se admite que não o esqueceu e considera a possibilidade de algum dia voltar com ele tanto quanto a de se envolver com qualquer outro, talvez você já o tenha superado, ou seja, retomado a liberdade que não descarta nenhum percurso de vida.
Ele não virou um monstro
Não, no fim da relação, ele não virou um monstro e sim, você o conhecia o tempo todo. Não me venha com essa de “Eu passei 6 anos com ele e só agora vejo o monstro que ele sempre foi”. Ele fez mil coisas boas e no momento de maior confusão e fraqueza, quando ele mais precisava de você, você só sabia falar: “Eu preciso tanto de alguém que me deseje de verdade!”.
No começo, você focou as qualidades positivas, encheu-o de elogios e assim o fez príncipe. No fim, você focou as qualidades negativas e, claro, ele surgiu como um imbecil nojento. Ele não mudou, ele apenas tem um guerreiro e um fracote dentro de si, prontos para brotar a qualquer momento. Com sua generosidade ou carência, você, sem saber, o construiu o tempo todo.
Se ele agora parece chato, isso é falha sua: a chatice é o modo pelo qual vocês estão se relacionando, ela não é dele. Provavelmente ele também deve estar reclamando: “É ela quem é chata”. Todas as qualidades, negativas e positivas, não são dele e tampouco suas. Elas surgem no espaço entre seus corpos. Elas surgem no espaço que vocês são.
Você não é a pessoa que mais pode fazê-lo feliz
Ele poderia ser mais feliz com outra. Você também: poderia ser mais preenchida, viver mais experiências, ser mais amada por outro. Por não querer (e não conseguir nem imaginar) que ele seja mais feliz com outra, você dá o exemplo: não admite que você também poderia ser mais feliz com outro. Ao se achar suficiente, seu comodismo a torna menos capaz de amá-lo. Ironicamente, acreditar que você é a pessoa que mais pode fazê-lo feliz só diminui a verdade de tal afirmação.
Por outro lado, imaginar uma possível outra parceira para ele é o primeiro passo para incorporar tais qualidades e de fato se tornar essa parceira. E imaginar outro possível parceiro para você é o primeiro passo para descobrir como você quer ser possuída e dar as dicas necessárias para que seu parceiro atual saiba o que fazer.
Você não tem coragem de viver seus desejos
Agora sua namorada dorme no quarto. E você, na sala, se acaba com filmes pornôs na internet. Seu site preferido tem incontáveis vídeos que mostram mulheres deliciosas dormindo e sendo abusadas de todos os jeitos, por todos os lados, sem acordar em nenhum momento, como se estivessem mortas. É esse seu tesão do momento, fantasia insuperável. Sua namorada de carne e osso, linda, lá no quarto. E você imaginando comer a garota com calcinha de pixels que dorme à sua frente. Você goza em um guardanapo, joga o papel no lixo da cozinha e vai se deitar ao lado dela. Boa noite.
Suas certezas são gritos perdidos no abismo
Você tem um blog lilás onde escreve sobre relacionamentos. Você acorda com idéias sobre como outros podem viver suas relações de modo mais ousado, criativo e lúcido. Enquanto você escreve sobre amor, alguém liga no celular. E então você é ríspido e irônico, se fecha e faz tudo ao contrário do que escreve.
Seus textos são imperativos e impositivos pois você escreve para si mesmo, na ânsia de convencer a si mesmo de que sabe alguma coisa sobre mulheres, amor, sexo e tudo o que vem junto. Seu aparente altruísmo é apenas veículo para seu egoísmo.
Suas certezas sobre relacionamentos são como gritos perdidos no abismo. Ninguém sabe de onde vem, são meio desesperadas e quem se importa? Elas não alteram o fato de que estamos todos caindo. Muito melhor parar de gritar e tentar encontrar alguma mão para fazer um pouco de carinho antes de morrer.
Se você diz que já o esqueceu e que nunca mas voltaria com ele, isso significa que você não o superou. A necessidade de mantê-lo esquecido apenas revela o enorme significado impregnado em sua imagem. Se admite que não o esqueceu e considera a possibilidade de algum dia voltar com ele tanto quanto a de se envolver com qualquer outro, talvez você já o tenha superado, ou seja, retomado a liberdade que não descarta nenhum percurso de vida.
Ele não virou um monstro
Não, no fim da relação, ele não virou um monstro e sim, você o conhecia o tempo todo. Não me venha com essa de “Eu passei 6 anos com ele e só agora vejo o monstro que ele sempre foi”. Ele fez mil coisas boas e no momento de maior confusão e fraqueza, quando ele mais precisava de você, você só sabia falar: “Eu preciso tanto de alguém que me deseje de verdade!”.
No começo, você focou as qualidades positivas, encheu-o de elogios e assim o fez príncipe. No fim, você focou as qualidades negativas e, claro, ele surgiu como um imbecil nojento. Ele não mudou, ele apenas tem um guerreiro e um fracote dentro de si, prontos para brotar a qualquer momento. Com sua generosidade ou carência, você, sem saber, o construiu o tempo todo.
Se ele agora parece chato, isso é falha sua: a chatice é o modo pelo qual vocês estão se relacionando, ela não é dele. Provavelmente ele também deve estar reclamando: “É ela quem é chata”. Todas as qualidades, negativas e positivas, não são dele e tampouco suas. Elas surgem no espaço entre seus corpos. Elas surgem no espaço que vocês são.
Você não é a pessoa que mais pode fazê-lo feliz
Ele poderia ser mais feliz com outra. Você também: poderia ser mais preenchida, viver mais experiências, ser mais amada por outro. Por não querer (e não conseguir nem imaginar) que ele seja mais feliz com outra, você dá o exemplo: não admite que você também poderia ser mais feliz com outro. Ao se achar suficiente, seu comodismo a torna menos capaz de amá-lo. Ironicamente, acreditar que você é a pessoa que mais pode fazê-lo feliz só diminui a verdade de tal afirmação.
Por outro lado, imaginar uma possível outra parceira para ele é o primeiro passo para incorporar tais qualidades e de fato se tornar essa parceira. E imaginar outro possível parceiro para você é o primeiro passo para descobrir como você quer ser possuída e dar as dicas necessárias para que seu parceiro atual saiba o que fazer.
Você não tem coragem de viver seus desejos
Agora sua namorada dorme no quarto. E você, na sala, se acaba com filmes pornôs na internet. Seu site preferido tem incontáveis vídeos que mostram mulheres deliciosas dormindo e sendo abusadas de todos os jeitos, por todos os lados, sem acordar em nenhum momento, como se estivessem mortas. É esse seu tesão do momento, fantasia insuperável. Sua namorada de carne e osso, linda, lá no quarto. E você imaginando comer a garota com calcinha de pixels que dorme à sua frente. Você goza em um guardanapo, joga o papel no lixo da cozinha e vai se deitar ao lado dela. Boa noite.
Suas certezas são gritos perdidos no abismo
Você tem um blog lilás onde escreve sobre relacionamentos. Você acorda com idéias sobre como outros podem viver suas relações de modo mais ousado, criativo e lúcido. Enquanto você escreve sobre amor, alguém liga no celular. E então você é ríspido e irônico, se fecha e faz tudo ao contrário do que escreve.
Seus textos são imperativos e impositivos pois você escreve para si mesmo, na ânsia de convencer a si mesmo de que sabe alguma coisa sobre mulheres, amor, sexo e tudo o que vem junto. Seu aparente altruísmo é apenas veículo para seu egoísmo.
Suas certezas sobre relacionamentos são como gritos perdidos no abismo. Ninguém sabe de onde vem, são meio desesperadas e quem se importa? Elas não alteram o fato de que estamos todos caindo. Muito melhor parar de gritar e tentar encontrar alguma mão para fazer um pouco de carinho antes de morrer.

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